No último sábado (27), o Governo do Amapá entregou totalmente reconstruída a Escola Estadual João Brazão da Silva, localizada no Distrito de Aporema, em Tartarugalzinho. A ação integra a política estadual de valorização da educação, que vem priorizando a recuperação da infraestrutura escolar.

Segundo o governador em exercício, Teles Júnio disse que a iniciativa de reconstrução das unidades de ensino já se consolidou como uma marca da atual gestão, ao lado do processo de municipalização da educação no estado.
A rede estadual de educação do Amapá está entre as maiores do país quando relacionamos o número de escolas à população escolar. Esse é um resultado construído coletivamente, fruto do esforço da nossa sociedade. A política de expansão e construção de escolas em diferentes comunidades vem se consolidando ao longo dos anos e amadurecendo junto com a gestão estadual. Com o processo de municipalização do ensino, em parceria com as prefeituras, conseguimos dar continuidade a esse trabalho e manter o compromisso com a valorização da educação.

No cenário nacional, o Amapá também tem mostrado sinais de avanço em vários indicadores educacionais. Segundo dados do Ideb de 2023, o estado alcançou a nota de 5,0 nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), uma melhoria relevante, embora ainda abaixo da meta projetada para esse ciclo. Veja essas informações neste link: Serviços e Informações do Brasil Nos anos finais do fundamental (6º a 9º ano), registrou-se 4,3 pontos, e no ensino médio 3,8 pontos; em todas essas etapas, o estado ainda não atingiu as metas estabelecidas pelo Ideb para 2023.
Comparativamente, entre os estados da Região Norte do Brasil, o Amapá foi o que mais cresceu nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano), com avanço de 0,13 ponto no Ideb entre edições consecutivas. Verifique neste link essas informações: Agência de Notícias do Amapá No ensino médio, também apresentou evolução, ficando em segundo lugar entre os estados com melhora no indicador de aprendizagem. Agência de Notícias do Amapá
Ainda no âmbito do Ideb, o campus Santana do Ifap (Instituto Federal do Amapá) obteve nota 5,6 no ensino médio, superando tanto a média nacional para esse ciclo quanto a meta estipulada para o estado no indicador. Veja neste link: Portal IFAP
Outro dado relevante sobre o ensino brasileiro: de acordo com o Censo Escolar, a média de alunos por sala de aula varia bastante, mas há em geral uma pressão para que turmas não fiquem superlotadas. Por exemplo, no ensino médio, a média nacional é de cerca de 30 alunos por sala, enquanto no fundamental a média gira em torno de 23 alunos por turma. Turmas menores tendem a favorecer ensino mais focado, apoio individualizado, e melhores resultados Veja neste link:. Serviços e Informações do Brasil
Esses indicadores colocam em perspectiva os desafios que o Amapá ainda enfrenta — metas do Ideb não alcançadas, necessidade de continuar a investir em infraestrutura, formação docente, aprendizagem —, mas também evidenciam o progresso real que está sendo feito. Quando comparamos com outros estados do Norte e Nordeste, é claro que o Amapá está em trajetória de crescimento, que se reflete nas escolas com desempenho acima da média estadual, no ensino integral, na formação dos professores e nos investimentos em estrutura.
Opinião do Portal
Ver os avanços da educação no Amapá sendo reconhecidos nacionalmente é motivo de orgulho, mas também de reflexão. É inegável que ainda temos desafios grandes — como índices de alfabetização abaixo da média nacional e metas do Ideb não totalmente alcançadas. No entanto, quando analisamos o contexto histórico, percebemos que estamos em um processo de transformação que não pode ser ignorado.
O esforço do governo estadual em reconstruir escolas, ampliar a rede e consolidar a municipalização do ensino mostra uma mudança de postura: a educação está deixando de ser apenas um discurso e começa a se tornar prioridade concreta. Isso, para a população amapaense, é fundamental, porque o futuro dos nossos jovens depende de acesso a escolas dignas, professores valorizados e políticas consistentes de aprendizagem.
Comparar o Amapá com estados que já são referência, como Ceará ou Goiás, pode gerar certo desconforto, mas também deve servir de inspiração. Esses estados não chegaram aonde estão da noite para o dia; foi com investimento contínuo e envolvimento de toda a sociedade. O Amapá está no mesmo caminho, e ver melhorias nos índices, ainda que graduais, é a prova de que o esforço tem dado resultado.
Mais do que números, o que está em jogo é a vida de cada criança que aprende a ler e escrever na idade certa, de cada jovem que conclui o ensino médio preparado para sonhar com uma universidade ou uma carreira. Para o povo amapaense, isso significa dignidade, oportunidade e desenvolvimento.
Portanto, é hora de reconhecer os avanços, cobrar que eles continuem e, principalmente, acreditar que a educação pode ser o motor que vai transformar a realidade do Amapá.